[Alunopos FEUSP] ​CALL FOR PAPERS – ESTILOS DA CLÍNICA, REVISTA SOBRE A INFÂNCIA COM PROBLEMAS

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Segunda Junho 6 11:03:37 -03 2022


É com satisfação que a Revista Estilos da Clínica: a infância com
problemas, convida pesquisadoras e pesquisadores a enviarem artigos para o
dossiê: *Experiências de fronteira e de front: crianças imigrantes, escola
e políticas da infância*. O prazo limite para o envio de artigos para este
dossiê é 15/07/2022. Maiores informações sobre o mesmo podem ser obtidas no
corpo do Call for Papers abaixo:

Experiências de fronteira e de front: crianças imigrantes, escola e
políticas da infância.

Os fluxos migratórios se tornaram um campo de tensões sociais e políticas
que desconsideram sua condição sine qua non para a construção de uma
sociedade. Pela forma como é tratado, atualmente, o fluxo migratório é
fenômeno que desnuda as formas de funcionamento social e político que
camuflam e tornam invisibilizada a gestão na lógica da guerra. Isto
banaliza a segregação, os racismos e outras modalidades de exclusão, por
fatores étnicos, econômicos, culturais, religiosos ou de gênero. As
migrações de massa, assim como a recusa em acolher os imigrantes e a
determinação de os expulsar, revelam uma guerra sem nome, ou seja: uma
modalidade de política baseada na globalização perversa.
Ela institui um colonialismo amplo, geral e irrestrito, com a centralização
do capital à custa de miséria, domínio e morte de muitos. A figura do
imigrante permite detectar as modalidades contemporâneas de laço social e
seu trato com a alteridade e a produção de fronteiras ou fronts entre o eu
e o outro, entre nações. As ciências sociais e a psicanálise fornecem
preciosos instrumentos para uma posição crítica que abrange desejo e
política, sujeito e coletivo. A formação do Estado-nação, configuração
relativamente recente em nossa história, separa as fronteiras ao delimitar
os “de dentro” e os “de fora”, criando uma conjuntura na qual a alteridade
fica a serviço de um duplo movimento: identificar-se enquanto igual e
rechaçar os diferentes. Em tal lógica a alteridade é simbolizada como
perigosa, impondo, portanto, o reconhecimento de uma identidade
sociossimbólica na qual os estranhos devem ser eliminados. Nessa dialética,
é fácil perceber a fragilidade da posição do imigrante, materializando o
lugar de estrangeiro, que deveria estar necessariamente apenas fora. Com as
concepções de pulsão, identificação e especialmente pelo lugar do
estranho, infamiliar ou incômodo, como tem sido as várias traduções da
experiência Unheimliche, a psicanálise reitera a fragilidade da dicotomia
entre o eu e o outro. Entre outros, estes conceitos evidenciam que o
desconhecimento e a estrangeiridade são inerentes ao sujeito. Um fator
pouco pesquisado e urgente no campo se refere às incidências do
contexto imigratório sobre a constituição subjetiva e a educação de
crianças e adolescentes frente ao sofrimento sociopolítico promovido por
políticas migratórias e por práticas sociais, familiares, subjetivas e
jurídicas.
São diversas as problemáticas daqueles que imigram desacompanhados e dos
que acompanham os seus pais em trabalhos precários incidindo nos modos de
inserção na escola e nas redes ampliadas de educação. As escolas preveem o
acesso universal à educação como um direito de todos, ainda que saibamos
das dificuldades existentes para a simples matrícula de crianças imigrantes
que não estejam com a documentação regularizada e nem sempre desenvolvem
práticas de acolhimento às crianças imigrantes ou filhos de imigrantes e
suas famílias.
Diante dessa problemática, este dossiê convida pesquisadoras e
pesquisadores a enviarem seus trabalhos sobre as vicissitudes e potências
da infância imigrante, sobre as fronteiras e as contribuições que a
dialética estranho-familiar produz nos encontros, sobretudo, quanto aos
modos de laço social possíveis. Este dossiê visa a recolher as experiências
das e com as crianças e adolescentes ao inventar-se e inventar o
mundo, ampliando os sentidos da escuta em sua dimensão clínica, política e
educacional.

Link para o envio: https://www.revistas.usp.br/estic/index

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