<div dir="ltr"><div class="gmail_default" style="font-family:arial,helvetica,sans-serif;font-size:small"><div>É com satisfação que a Revista Estilos da Clínica: a infância com problemas, convida pesquisadoras e pesquisadores a enviarem artigos para o dossiê: <i>Experiências de fronteira e de front: crianças imigrantes, escola e políticas da infância</i>. O prazo limite para o envio de artigos para este dossiê é 15/07/2022. Maiores informações sobre o mesmo podem ser obtidas no corpo do Call for Papers abaixo:<br></div><div><br></div><div>Experiências de fronteira e de front: crianças imigrantes, escola e políticas da infância.<br><br>Os fluxos migratórios se tornaram um campo de tensões sociais e políticas que desconsideram sua condição sine qua non para a construção de uma sociedade. Pela forma como é tratado, atualmente, o fluxo migratório é fenômeno que desnuda as formas de funcionamento social e político que camuflam e tornam invisibilizada a gestão na lógica da guerra. Isto banaliza a segregação, os racismos e outras modalidades de exclusão, por fatores étnicos, econômicos, culturais, religiosos ou de gênero. As migrações de massa, assim como a recusa em acolher os imigrantes e a determinação de os expulsar, revelam uma guerra sem nome, ou seja: uma modalidade de política baseada na globalização perversa.<br>Ela institui um colonialismo amplo, geral e irrestrito, com a centralização do capital à custa de miséria, domínio e morte de muitos. A figura do imigrante permite detectar as modalidades contemporâneas de laço social e seu trato com a alteridade e a produção de fronteiras ou fronts entre o eu e o outro, entre nações. As ciências sociais e a psicanálise fornecem preciosos instrumentos para uma posição crítica que abrange desejo e política, sujeito e coletivo. A formação do Estado-nação, configuração relativamente recente em nossa história, separa as fronteiras ao delimitar os “de dentro” e os “de fora”, criando uma conjuntura na qual a alteridade fica a serviço de um duplo movimento: identificar-se enquanto igual e rechaçar os diferentes. Em tal lógica a alteridade é simbolizada como perigosa, impondo, portanto, o reconhecimento de uma identidade sociossimbólica na qual os estranhos devem ser eliminados. Nessa dialética, é fácil perceber a fragilidade da posição do imigrante, materializando o lugar de estrangeiro, que deveria estar necessariamente apenas fora. Com as concepções de pulsão, identificação e especialmente pelo lugar do estranho, infamiliar ou incômodo, como tem sido as várias traduções da experiência Unheimliche, a psicanálise reitera a fragilidade da dicotomia entre o eu e o outro. Entre outros, estes conceitos evidenciam que o desconhecimento e a estrangeiridade são inerentes ao sujeito. Um fator pouco pesquisado e urgente no campo se refere às incidências do contexto imigratório sobre a constituição subjetiva e a educação de crianças e adolescentes frente ao sofrimento sociopolítico promovido por políticas migratórias e por práticas sociais, familiares, subjetivas e jurídicas.<br>São diversas as problemáticas daqueles que imigram desacompanhados e dos que acompanham os seus pais em trabalhos precários incidindo nos modos de inserção na escola e nas redes ampliadas de educação. As escolas preveem o acesso universal à educação como um direito de todos, ainda que saibamos das dificuldades existentes para a simples matrícula de crianças imigrantes que não estejam com a documentação regularizada e nem sempre desenvolvem práticas de acolhimento às crianças imigrantes ou filhos de imigrantes e suas famílias.<br>Diante dessa problemática, este dossiê convida pesquisadoras e pesquisadores a enviarem seus trabalhos sobre as vicissitudes e potências da infância imigrante, sobre as fronteiras e as contribuições que a dialética estranho-familiar produz nos encontros, sobretudo, quanto aos modos de laço social possíveis. Este dossiê visa a recolher as experiências das e com as crianças e adolescentes ao inventar-se e inventar o mundo, ampliando os sentidos da escuta em sua dimensão clínica, política e educacional.<br><br>Link para o envio: <a href="https://www.revistas.usp.br/estic/index" target="_blank">https://www.revistas.usp.br/estic/index</a></div><div><br></div><div>No "botão" ENVIAR SUBMISSÃO<br></div><div><br style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif"></div></div></div><div id="DAB4FAD8-2DD7-40BB-A1B8-4E2AA1F9FDF2"><br> <table style="border-top:1px solid #d3d4de">
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